as pessoas emocionam-me - 2022

 Gosto de pessoas, de todos os géneros, de todos os estilos, de todos os credos, de todos os pensares.

As pessoas ensinam-me, fazem-me seguir em frente, fazem-me ver outras cores, emocionam-me.
Mas falo das pessoas no colectivo, não desta ou daquela, que aí, já existem uns de que gosto e outros que não me calham bem.
Hoje, num exercício colectivo, as pessoas emocionaram-me levando-me às lagrimas.
Tantas vivencias diferentes, tantos gostos opostos, tantos pensares antagónicos, tantos saberes diferenciados, tantas energias opostas, tantos estares discrepantes e apesar de tudo o mesmo ritmo, em prol de um mesmo sonho!
Um compasso irregular que se foi dirigindo para um mesmo caminho.
Um caminho feito para o todo.
A tarde, a minha, teve as cores do arco-íris, os sons do cosmos e a simplicidade de uma criança.
Foi um todo que me marcou, que me vai ficar na pele por muito tempo e que no final me deu aquilo que afinal de contas nos prova que estamos vivos - Emoções!
Até agora a minha cabeça foi ocupada pela Música de José Mário Branco...
"Eram mais de cem, eram mais de mil, não os contei bem...
os homens pequenos, quando são demais tornam-se fatais...

Comentários

Postar um comentário

Postagens mais visitadas deste blog

alceu valença - 2025

  Fui ver Alceu Valença ontem ao CCB, o homem tem 78 anos, mas ninguem dirá. Continua com a mesma voz, a mesma loucura, o mesmo encanto de sempre. Cantou musicas recentes e os grandes sucessos da sua grande carreira. Esteve em palco perto de 2horas, é obra para quem já anda nesta vida há muitas décadas. A acompanha-lo a orquestra de Ouro Preto, e é dela que vos quero falar. Uma orquestra formada por músicos muito novos, mas de uma qualidade superior. A orquestra acompanhou Alceu, mas fez arranjos de musicas do cantor e interpretou-as dando-lhes uma beleza própria, única, que pôs em pé o CCB inteiro. Mas eles não são só grandes músicos, não é só uma grande orquestra é sobretudo uma orquestra de gente que vibra, que toca a cantar baixinho, que dança na cadeira ao interpretar as musicas, uma das violinistas, Jovana Trifunovic , quase se levantava para dançar, ih,ih,ih, é gente feliz que está ali em palco. Tao diferente das nossas orquestras, que estão em palco a interpretar as musica...
Leia mais

Nao sei o que é desigualdade na 1ª pessoa...nunca soube! -2017

  Nao sei o que é desigualdade na 1ª pessoa...nunca soube! Fui educada por uma família matriarcal, a minha mãe sempre esteve na linha da frente das decisões familiares, tal como antes a sua avó e a sua bisavó. O meu pai, é um feminista embora isso nunca lhe tenha passado pela cabeça, só é e pronto! Aprendi com eles a nunca deixar alguém diminuir-me ou mandar em mim! Foi o meu pai que me disse um dia na adolescência " se souber que algum companheiro te bate, vou lá bato-lhe a ele e a ti, a ele por te ter batido a ti por teres deixado!" Nunca o ouvi dizer "isso não é coisa para mulheres" ou " és mulher por isso frágil"! Não, sempre os escutei dizer o contrario, todos conseguimos uns pela força outros pela perseverança...mas quando queremos não há género ou tamanho. Por isso sempre me relacionei com os homens de igual para igual e eles sempre me aceitaram assim. A maioria dos meus grandes amigos são homens e reconheço que é ate engraçado ver como se esquecem...
Leia mais

mas que fresca mondadeira -2023

  Teresa silva de Carvalho, faleceu dia 7 de dezembro. Foi a primeira a cantar e a musicar FlorBela Espanca, Mário Sá Carneiro, ou Carlos Queirós e até Almeida Garrel e a sua Barca Bela. participou no festival da canção por varias vezes, uma delas com um tema lindo de Pedro Osório "cantemos até ser dia" É a cantora que elevou o tema tradicional alentejano "oh Rama oh que linda Rama" a um outro patamar. Mas a musica de Teresa Silva Carvalho que mais passei na radio e que me emociona sempre, é esta que partilho convosco, num vídeo feito em Monsaraz em tempo onde a agua de Alqueva ainda era só um sonho. Obrigado Teresa silva Carvalho por este hino às mulheres da minha terra. "Mas que fresca Mondadeira" , do poeta Alentejano ( também professor universitário da UE e antropólogo) Francisco Martins Ramos, nascido em Moura, viveu grande parte da sua vida em Évora onde morreu em 2017.
Leia mais