Dia da mulher

 Participo há muitos anos nas comemorações do Dia Internacional da Mulher, mas não o faço por mim. Faço-o por todas as mulher de hoje e as que me antecederam que o não puderam fazer.

E digo que não é por mim, porque nunca me senti diferente dos homens. Nunca me senti descriminada pelo facto de ser mulher. Nunca encarei as minhas lutas como sexistas. Podem não acreditar, mas é verdade, de cada vez que alguém me tentou enganar, derrubar, estragar um trabalho, ou colocar um entrave, nunca pensei que fosse por ser do sexo feminino, pensei sempre noutros motivos. E porque não penso nisto? Porque fui educada a ver e a assistir mulheres a mandar, a decidir, a assumir o controlo dos negócios e da família, a irem ao café, de ferias e onde queriam, sozinhas ou acompanhadas sem problema algum. E os homens que as acompanham a aceitarem isso naturalmente! Desde a minha bisavó ate hoje, isso sempre aconteceu na nossa família. Porque? Não sei, sei que é assim. Sei que isto nunca levantou problemas. Sei que as filhas mulheres foram educadas como os filhos homens. Sei que ter um bando de amigos do sexo masculino, nunca foi estranho para os meus pais. Sei que pedia as coisas a quem estava em casa e quem estava decidia. Sei que nunca me castraram! Por isso, neste dia, estou com as mulheres que se sentem descriminadas, as que recebem menos que os seus colegas do sexo masculino, as que tem de pedir ao companheiro para fazer o que quer que seja. Estou com elas, por elas! Porque eu felizmente tive a sorte de nunca me ter sentido descriminada por ser mulher! Já por outras coisas...isso são outros quinhentos!

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