um facho na assembleia da republica-2024
E eis que chegou a Vice Presidente Diogo Pacheco de Amorim, um dirigente do Movimento Democrático de Libertação de Portugal (MDLP), organização terrorista de extrema direita responsável por ataques bombistas durante o "verão quente" de 1975, responsável pela morte de Padre Max e a sua aluna Maria de Lurdes Ribeiro Correia e de grande destruição de norte a sul.
Mas é responsável por outras desgraças, uma delas está-me ligada.
Verão de 1975, MDLP organiza vários ataques à bomba a sedes do partido comunista e a militantes que tinham sido libertados em 74 das prisões do fascismo. Na nossa cidade, foi decidido pela organização terrorista matar Dinis Mirante, militante comunista preso politico durante anos, e que era na época um dos responsáveis mais importantes do PCP local. Durante dias rondaram o Bairro das Pites, onde morava a família de Dinis Miranda e para onde ele foi depois de ser libertado. Controlaram lhe os horários, as rotinas, definiram a data do ataque, fizeram a bomba e rumaram numa noite escura para a casa de Dinis Miranda. Por uma pequena janela atiraram a bomba que explodiu minutos depois, destruindo tudo por completo. Segundo parece, saíram do local cantando pneus assim que ela rebentou. Mas como esta gente é burra que nem calhaus, o trabalho de controle ao local foi mal feito e a bomba, em vez de atirada para a casa de Dinis Miranda, rebentou na casa do vizinho do lado, mesmo em cima do diva onde a filha costumava dormir, por sorte nesse dia não estava ali deitada, safando-se assim da morte certa.
A bomba rebentou com tudo, acordados com o estrondo, os moradores acordaram em pânico correndo para a rua, descalços pois estavam deitados, cortando-se nos vidros, cacos e destroços da bomba. Feridos e traumatizados, foram transportados para o hospital, o pai, a mãe e a filha. A casa estava destruída, o pouco que lá existia tinha desaparecido incluindo todas as roupas. Esta foi a imagem da casa dos meus tios que eu vi no dia seguinte, com estes olhos que a terra um dia vai comer, tinha 8 anos, nunca mais me esqueci daquela imagem, nem eu nem ninguem da família.
Os meus tios e a minha prima, viram tudo destruído ali, mas tiveram sorte pois saíram com vida, mas isto só aconteceu porque os homens de Diogo Pacheco de Amorim, eram burros que nem calhaus felizmente, e não perceberam que a janela escolhida, não era a do quarto de Dinis Miranda, mas sim a da cozinha do vizinho do lado, que por sorte tinham o quarto para trás e era lá que eles estavam deitados, caso contrario teriam morrido na hora, como tinham planeado fazer a Dinis Miranda.
Diogo Pacheco de Amorim foi hoje votado pelo seu partido, pelos deputados do PSD e do CDS para Vice Presidente da Assembleia da República e isto é uma afronta à Democracia, aos 50 anos de Abril, contra o qual ele lutou naquela altura, e uma afronta pessoal.
A única coisa que me dá algum consolo é que os meus tios e os meus pais já cá não estão para ver esta afronta, o que eles iam chorar hoje se estivessem vivos, mas estou eu e as minhas primas, e nós não esquecemos, é uma pouca vergonha tão grande que me prova o que já sabia, a Assembleia da Republica alberga hoje gente mais suja que Pau de Galinheiro. A Casa da Democracia tornou-se numa casa de Alterne barata de beira de estrada, com a votação de muitos portugueses e dos deputados que elegeram este fascista para um dos mais altos cargos da Nação.
Que vergonha sinto hoje, que vergonha!
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