somos numeros

 Ontem a minha prima Carmem almeida trouxe a´ nossa memoria um homem com o qual aprendi muito o Zé Caldeira, e como na vida a memoria trouxe-me Zita a sua companheira de sempre, e de um ensinamento que me deu uma historia que ela protagonizou. Ensinou-me a sua historia que nós somos números perante as instituições e que estas não nos servem senão quando estamos bem. Era eu adolescente ficou a 'venda uma casa na Rua de S.ta Maria, a minha mãe era amiga da dona e foi-lhe pedido que mostra-se a casa quando ela não estava em Évora. Entre as varias pessoas que foram ver a casa a Zita foi uma delas. Gostou, interessou-se e começou a negociar a compra. Como não tinha o dinheiro todo foi ao banco para pedir um empréstimo a 'habitação, para conseguir o empréstimo teve de fazer exames médicos e foi ai que descobriu que estava doente. Claro que o banco lhe recusou o empréstimo, os seguros só aceitam gente saudável. a Zita, tentou de varias formas, a minha mãe chegou a ir falar com o gerente do banco (seu conhecido há muito) mas não foi possível e o negocio não se concretizou. Zita não conseguiu comprar a casa que queria. Mas não deixou o caso barato, foi ao banco dizer ao gerente que " ainda vou viver o tempo suficientes que me permitia pagar o empréstimo, pode crer" E sabem que mais durou esse tempo e mais uns anos! Eu aprendi nessa altura que somos números para alguns, mas que somos muito mais do que isso. E de cada vez que algo assim me acontece, penso na Zita e encontro força para continuar a contrariar os burocratas e sigo o caminho traçado e ate hoje sou grata a 'Zita por esta lição.

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