Graça Fonseca - a cabeça a rolar
Graça Fonseca hoje em frente ao teatro nao quis enfrentar as duas centenas de gentes das artes que ali estavam Saiu pela parte lateral e desceu em direcção ao largo do Quartel. Tambem nós descemos a rampa, e nao sei como aconteceu vi-me num largo frente a frente com ela. Foi obrigada a ler o cartaz que levava e viu-se obrigada a dizer-me alguma coisa...
O cartaz dizia " Nao pagamos as contas com amor a arte" Graça Fonseca disse-me que "estava a trabalhar para que isso se resolvesse" respondi-lhe " Nao se nota nada"
ali frente a frente, num dialogo arrogante de parte a parte, olhamos-nos nos olhos!
Nao sei o que viu Graça Fonseca no meu olhar, mas sei o que vi no dela...
Medo, tristeza e vergonha. a arrogância estava só na posse e nas palavras, como uma capa de protecção.
Foi isto que senti naquela praça onde ela estava sozinha, sim porque ela estava só, e eu acompanhada por mais de uma centena.
ali naquele instante senti que estamos a apontar as armas para o alvo errado, que o alvo esta a ser frito em lume brando e que cumprido o seu papel será´substituído por outro e nada se resolvera´. ali, frente a frente com aquela mulher, senti que o que temos que fazer é contestar e exigir medidas a António Costa, afinal é ele o 1º Ministro, é ele que pode dotar o orçamento com o 1% para a cultura, é ele que pode decidir que se trabalhem soluções para o sector e é ele que é responsável por criar uma lei de bases para a cultura
Podem chamar-me parva se quiserem, mas posso afirmar-vos que hoje, ali naquela praça frente aquela mulher tive pena dela.
Comentários
Postar um comentário