Os mesmos de sempre
Ontem, deixei o trabalho a meio e estive na Praça do Giraldo na Vigília pela Liberdade de Expressão. Que para mim é pela Liberdade seja qual for.
E por lá as caras de sempre. As caras das causas, dos defensores dos direitos e garantias que "todos" defendem.
Estava composto, não digo que não, mas muito aquém do que deveria, sendo o tema tal importante para nós e para o mundo e precedido de um acto bárbaro como o foi o assassinato em França.
Mas não foi o numero que me deu amargo de bocas, pois estou habituada a números pequenos. A historia ensinou-me que as transformações e as lutas começam por números pequenos e só depois as fileiras vão enchendo. O amargo de boca foi outro...
Em todas as transformações sociais e culturais os homens da frente, foram ate ao final do sec 20 os Intelectuais, os artistas, os livres-pensadores, no Mundo e aqui no burgo também. Mas ultimamente por cá dou por falta deles!
Estavam presentes alguns Jornalistas sim, mas os das Televisões Nacionais! Estavam presentes músicos sim, mas 4 ou 5, não mais! Estavam presentes lideres associativos também, mas não mais de 5 ou 6! Estavam presentes actores, pois estavam mas seriam ai uns 2 ou 3! Estavam os escultores, 2 para ser exacta! Estavam os políticos, sim mas 3 não mais! E os livres-pensadores, os pintores, os escritores, os filósofos, os intelectuais, os professores? Esses que em todas as outras cidades onde se fizeram as vigílias deram a cara, foram a linha da frente, onde estavam os nossos?
Onde estavam estes que se alvoram em vanguardistas? Em alternativos? Em transformadores de mentalidades?
Pois, pressuponho que a viverem as suas vidinhas, a resolver os seus problemas, mas na vigília não! Ai estavam meia dúzias e gente como eu, gente da função publica, gente da saúde, gente anónima! Os que vejo sempre a defender todas as causas! Reconheço que estava à espera de ver os outros!
Ou será que Évora já não tem este tipo de gente?
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