Évora património da humanidade
Évora tem ao longo da sua historia contado com a sorte para se manter bela. Recuando só ao inicio do sec 20, na época em que se destruíram os centros históricos da maior parte das cidade de norte a sul porque a pedra estava cara e era muito procurada, um grupo de homens cultos e amantes da cidade criou o Grupo Pro Évora e defendeu-a com unhas e dentes. Alguns dos edifícios pereceram nesta luta mas a grande maioria mantiveram-se intactos. Na década de 40, quando as cidades Portuguesas foram invadidas por edifícios gigantescos, feios e sem beleza estética para industrializar as zonas do interior, os agrários da Região por ganancia e para não agravarem o preço da mão de obra, opuseram-se à industrialização e poucos foram os edifícios construídos para esse fim e todos eles, excepto os celeiros, foram construídos fora das muralhas. Corriam os anos 80 e Portugal de lés a lés foi criando verdadeiros pardieiros em altura mesmo no coração das capitais de distrito, por cá a camara defendia o Centro Histórico e a sua preservação protegendo-a com a classificação de Património da humanidade. Há menos de 10 anos, com os empresários da construção civil de unhas afiadas para destruir prédios por toda a cidade criando avenidas no seu interior, com a camara já de estudo encomendado para esventrar o centro da cidade, a crise do imobiliário travou as pretensões de quem queria tirar à cidade a sua beleza.
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