Vale tudo

 Vamos lá clarificar umas coisas...Jerónimo de Sousa é um homem pelo qual tenho um profundo respeito e que considero de grande integridade, alias a resposta que deu a Ana Leal comprova exactamente isso, e portanto embora não ponha a mão no fogo por ninguém não coloco sequer a possibilidade de ter influenciado o concurso onde aparece o genro. Quanto à câmara de Loures os números provam que com este ajuste ela conseguiu poupar dinheiro dos contribuintes, exactamente o que se pede aos gestores dos dinheiros públicos.

Também não tenho duvidas de que a empresa que ganhou podia concorrer a um ajusto directo e que esta forma de contratar esta dentro da lei, dantes era por carta fechada agora por ajuste simplificado, directo ou por concurso depende do valor, se esta mal mudem-na, eu cá não acho que resolva a questão da corrupção, mas é assim que funciona, para este senhor tal como para mim. Porem também não será surpresa para ninguém que neste ano de eleições as câmaras do PC e os eleitos do Bloco passem a estar na mira de fogo. O PSD quer de novo o bloco central, o PS quer a maioria absoluta, logo há que causar danos aos dois intervenientes da geringonça, que são a parte mais fraca. Dai eu achar que quer os militantes desses partidos, os seus familiares e os seus eleitos terem de estar mais atentos e não dar o flanco, isto podendo estes militantes ou familiares serem mesmo prejudicados. É por um bem maior e para quem acredita que esta forma de governo é a melhor para o colectivo há que fazer tudo por tudo para que se mantenha. Dar a hipótese de ataque, mesmo que seja dentro da lei é prejudicar o todo. Eu aprendi com um velho comunista que me dá a honra de ser meu pai, que nós temos que proteger os nossos mesmo quando eles não querem e aprendi vendo...Quando o Valente era vereador da Câmara de Évora e porque era primo dele, ele deixou de se juntar com ele nos petiscos, o Valente discutiu com ele e ficou ofendido, anos mais tarde quando foi atacado por causa de outro familiar percebeu a posição do meu pai e agradeceu-lhe. Tenho alguns amigos e familiares (de todos os partidos) que de vez em quando estão em cargos desses, durante esse tempo nem eu frequento as suas casas nem eles a minha, encontramos socialmente e só. Muitos deles não percebem, mas o que estou a fazer é a protege-los, não a mim que não vou a votos, tento protege-los não permitindo que eu seja arma de arremesso, já que devido há minha profissão também eu concorro a ajustes directos ou concursos. Depois quando deixam os cargos voltamos há convivência normal. A amizade quando é seria não se abala com o tempo ou a distancia mas sim com o que fazemos ou não para proteger os que gostamos ou naqueles que acreditamos.

Só para terminar, esta reportagem não foi para os militantes ou apoiantes ( seja de que cor politica forem) foi para os outros, os indecisos e é a opinião deles que não deve ser abalada, pois são eles que dão ou não as maiorias absolutas.

Este vai ser um ano duro, a comunicação social isenta não existe, estejamos por isso atentos pois vai valer tudo!