Manoel de Oliveira morreu, ao contrario do nosso ministro não me admirou, afinal o senhor tinha 106 anos, um dia morria. Apesar de parecer mal, eu continuo a dizer o que disse sempre, não gosto dos filmes do mestre, nem do Aniki Bobo gostei! Mas não gosto dos filmes dele, como não gosto dos livros de Saramago ou das obras da Vasconcelos. Não serei culta, paciência, mas não gosto e já percebi há muito tempo que os gostos são pessoais e não se discutem. E eu, não digo que gosto do que não gosto! E eles estavam-se nas tintas para a minha opinião, afinal nem sequer sabiam que eu existo.
Quanto ao facto do cineasta ter levado o nome de Portugal para o mundo. Sim, é verdade. Mas foi ele, foram cantores, arquitectos, médicos e ate empregadas de limpeza. Claro que cada um no seu meio e à escala decidida pela comunicação social. Ele foi mais destacado do que uns e menos que outros.
Já a questão do humanista, filosofo ou homem de esquerda, disso não sei nada, não o conhecia e ele também nunca fez questão de se dar a conhecer. Não era homem de mostrar o que defendia, o que esperava do mundo, ou o que sonhava para o País pelo que, só os que lhe eram próximos saberão.
O que sei, é que foi o que sonhou ser, algo que a maioria não pode dizer. Dirão, "claro nasceu numa família rica". Pois sim, mas isso não é nenhum crime, ninguém escolhe a família onde nasce, e para o que precisamos de mais sorte é para nascer. Manoel de Oliveira, teve a sorte de nascer numa família de dinheiro e escolheu ser cineasta, num país sem grande apoio para o cinema. Poderia ter decidido ser banqueiro, empresário, ou politico...foi cineasta, acho muito melhor, mesmo não gostando dos filmes, não fez mal a ninguém e deu trabalho a muitos actores.
Não gosto dos filmes do homem, mas também isso não interessa nada, eles estão ai e ficarão.

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