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Mostrando postagens de novembro, 2023

1º de Dezembro e a independencia

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  Em tempos negros como os deste tempo, onde as guerras fazem correr sangue em muitas partes do mundo. Onde os poderosos decidem quem deve morrer, ou quem deve sair ileso, relembremos que a 1 de Dezembro de 1640, logo pela manhã o Paço da Ribeira foi invadido por 120 portugueses que tinham abraçado a cauda dos 40 Conjurados, fazer um golpe palaciano contra o domínio hispânico que governava Portugal. D. João IV, foi proclamado Rei de Portugal e os espanhóis que não foram mortos, fugiram para Espanha. Restaurava-se assim o Dia da independência. Em Évora, as comemorações ainda se fazem, mas na minha adolescência eram festa em grande, começávamos cedo no dia 30, terminávamos ainda mais cedo no dia 1. As garagens de Évora enchiam-se de festas, os restaurantes de grupos de jovens, o Alto de S. Bento, recebia de madrugada uma população juvenil enorme, que sem sentir frio, vento ou chuva ali ia para ver o nascer do Sol, cantar e dançar, relembrando o ter Portugal expulso os Espanhóis....

10 anos de Armazem 8

  Nao me lembro de ter grandes sonhos em miúda. nunca quis ser isto ou aquilo. Talvez porque os meus pais não eram de sonhos, o meu pai tinha sido tão pobre que nunca aprendeu a sonhar, dizia que casa, comida e saúde eram o bastante, a minha mãe era pragmática demais para sonhos, era para se fazer o que tinha que ser feito e ponto. quando me lembro de pensar nisto dos sonhos, descobri que queria ser tanta coisa, que mais valia ir vendo o que dava. Dei por mim a descobrir que a vida é uma caminhada que nos faz e que nós só temos a ilusão de a definir. Nessa caminhada, fui percorrendo quilômetros, saindo em apeadeiros, mudando de linha, mas sempre sem saber muito bem porquê ou para onde ia. Embarcava e só isso, depois ia desempenhando tarefas, galgando obstáculos, retirando pedras, construindo a pessoa que sou. Ao virar de uma esquina, muitas vezes sem esperar, uma luz vermelha, uma mudança de rota, um salto no escuro. Levantava-me, sacudia a poeira e metia-me de novo ao caminho, já...

o embaixador envergonha-me

  Sr Embaixador de Portugal em Paris, fico muito contente por não ser representada pelo senhor, pois se o fosse, ontem, teria ficado muito envergonhada, como vivo em Portugal só fiquei enraivada! Saem de Serpa, viajam durante 20 horas de autocarro um grupo de Cantares para reforçar a candidatura do Cante a Património da Humanidade e o Sr., que representa nesse País Portugal e os Portugueses, não se designa a convida-los para Jantar? O Sr. tem o descaramento de dar uma festa para comemorar o Cante, e convidar os engravatadinhos todos e claro os seus amigalhaços e não convida os Homens que lhe dão o privilegio de ter um produto cultural português proposto a Património da Humanidade? Sr. Embaixador, o senhor é do mais mal educado que eu já vi! E mostrou ao mundo que ser embaixador, saber varias línguas e viver num pais da Europa não quer dizer nada! Não conheço ninguém, numa qualquer aldeia do interior do Alentejo, que receba com tanta falta de educação como o sr. E digo-lhe mais, os ...

1º aniversario

  Hoje, faz um ano que começamos a percorrer este caminho. Tem sido um percurso difícil, Portugal passa por tempos difíceis, a cultura esta difícil e as taxas bancarias estão dolorosas! Mas temos tido gente que tem atenuado essas dificuldades, gente que tem tirado do nosso caminho algumas pedras. Destes, quero agradecer em especial aos artistas...gente que se tem disponibilizado a vir ao Armazém 8, nas condições que lhes podemos oferecer e que não são as melhores, sabemos, são as possíveis. Artistas, na grande maioria de fora, reconhecidos nacionalmente e muitos internacionalmente, como é o caso do artista de hoje, Naná Sousa Dias. Todos eles disponíveis para embarcar nesta nossa loucura de criar um espaço cultural, na província, em tempos em que a cultura é mal vista! Depois, agradeço ao João Bacelar, nosso grande técnico que nunca nos deixa mal, e nos dá umas noites tranquilas. E por fim, mas muito importante, ao publico que não nos tem falhado! A todos os que tem vindo apreciar ...

O marceneiro é que me entristeceu

  Morreu o Belmiro...nunca fui muito à mercearia do senhor, sempre preferi outras do género. Nao fico nem contente nem triste, não o conhecia de lado nenhum e ate nem gostava da personagem. E nao por ser rico, nada tenho contra ricos, ate tenho uns amigos que o são. Nao gostava dele por ter má índole, sim porque tinha. Ninguem que tenha boa índole esta entre os mais ricos do mundo, só figura nesta lista quem engana nos negócios e quem explora os seus trabalhadores. E foi o que ele fez, começou os seus negócios enganando os seus colegas, enriqueceu à custa de milhares de trabalhadores sem direitos, precários e com salário mínimo, isto a acrescer à fuga de imposto que sempre fez questão de fazer. Por isso hoje nao fico triste...ontem fiquei morreu o Marceneiro da Rua da Mouraria, ali sim estava um grande homem que ensinou o oficio de borla a muita gente que conheço e que sempre que alguém achava um dos seus trabalhos caros fazia um desconto. Mas a este ninguém fez voto de pesar...is...
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  Nós somos fruto do que nos é natural à nascença e do que adquirimos na nossa própria caminhada. Temos vícios, manias, imperfeições, falhas, obsessões, defeitos, virtudes, qualidades, atributos que vamos ganhando ou perdendo à medida da nossa passada pela vida. Todas estas características têm, claro está a influencia do mundo e dos outros, pois ninguém é uma ilha. A minha mãe foi uma mulher de carreira, por esse motivo de cada vez que eu adoeci, todos adoecemos, ela ia comigo ao médico, como todas as mães, depois deixava-me enquanto criança aos cuidados da minha mãe da casa e quando a idade já mo permitia aos meus próprios cuidados até que a maleita passasse. A exceção foi o dia da minha operação á garganta tinha eu 8 anos, nesse dia nenhum dos meus pais foi trabalhar, levaram-me ao Dr. Pimenta e passaram o dia a dar-me gelados e canja fria. Mas no dia seguinte a vida continuou, eles foram para a fabrica, eu fiquei em casa com o frigorifico cheio de gelados e de sopa gelada, com ...

O 2º C e o Cante

  Estávamos em 1976, 2º ano do ciclo em Santa Clara, numa aula de Português, a professora uma mulher vinda do norte, quis saber quais os estilos musicais de que gostávamos. Chegado à minha vez respondi o Cante Alentejano, ainda hoje me lembro da gargalhada geral dos meus colegas. Porquê, quis saber! Porque gosto do coro de vozes e dos silêncios. Nova gargalhada! Estávamos no tempo do pop e do rock, eramos miúdos, foi normal para os meus colegas, foi embaraçador para mim. Durante anos mantive esse meu gosto escondido em casa não o partilhei com ninguém. Anos mais tarde quando enveredei pelo mundo da radio, comecei a passar de quando em vez os grupos de cante e aos poucos foram surgindo pedidos desta ou aquela moda. A gargalhada do tempo de escola foi-se esbatendo e o meu embaraço diminuindo. De tal forma que sem saber como comecei a promover o Cante, não só na radio como nas propostas de espectaculos que levávamos a norte. Também nesta área, no inicio foi difícil, "os agarradinhos...

a Meia Maratona de Évora

é fácil dizer bem de algo que gostamos, é fácil dizer bem de algo em que participamos, ver para além disso não se gostando é que se torna mais complexo, temos tendencia a desvalorizar, a não dar a importância . Mas fazemos mal! Digo isto porquê? Porque não gosto de correr, andar só por andar também não, e ver gente a correr ou a andar também não é do meu feitio, portanto a Meia Maratona não é algo meu. Não o sendo, tenho por ela um grande apreço. Acho-a importante, para a cidade, para quem gosta do que eu não gosto, para os meus amigos que nela participam com entusiasmo e prazer e porque a minha cidade a merece receber. Sinto orgulho em que seja referencia nesta area a nível nacional, mas para além disso tudo, que já é muito, prova que tendo uma estratégia consistente numa area do desenvolvimento, como foi a estratégia desportiva da cidade, pensada lá no século passado, não abandonando a ideia, envolvendo todos os parceiros, as coisas tornam-se um sucesso, tornam-se de todos e o lug...

a Maria adeçlaide

  A Maria Adelaide era amiga da minha mãe, uma mulher baixinha, gordinha, com um óculos de fundo de garrafa que volta que não volta tinha um braço partido, um dente a menos, uma perna enfaixada, um olho tapado. Dizia eu muitas vezes na minha ingenuidade de miúda " a Delaide é mais desastrada que eu anda sempre a cair e a partir-se" a minha mãe encolhia os ombros e não me dava conversa. Só anos mais tarde percebi que o grande desastre da Adelaide foi a escolha que fez no marido. Morava ali fora de portas no fim da Rua do Raimundo, naquela correnteza de casas onde esta o Arco do Triunfo. A Maria Adelaide trabalhava no Fomento com a minha mãe e o marido trabalhava na Oficina Serafim Henriques com o meu pai. Um dia na casa da Adelaide aquilo correu muito mal mesmo e ela foi parar ao hospital, foi operada de urgência e tiraram-lhe o baço que o marido tinha perfurado aos pontapés. Lembro-me bem de ir ao hospital visita-la todos os fins de semana pela mão da minha mãe, lembro-me da...

praças de Jorna

  No tempo da miséria o meu avô esteve nas Praças de Jornas, segundo o meu pai era a coisa mais humilhante que poderia acontecer a um homem. Ir para ali de madrugada, com frio, chuva ou ao calor, ficar exposto horas a fio à espera de ser escolhido para trabalhar nesse dia. Os donos das terras ou os feitores chegavam horas depois. Com o seu ar emproado, olhavam como quem olha gado, andavam à volta, faziam uma ou outra pergunta, uma ou outra consideração e por vezes uma ou outra humilhação. E os homens ali estavam de chapéu na mão, olhos no chão,a maior parte sem poder responder. Diz o meu pai que havia quem não se contivesse e de vez enquanto lá levavam uma chibatada. Depois escolhiam os que queriam e os que sobravam, tinham passado horas a ser humilhados para voltar para casa de mãos vazias e sem ter como alimentar os filhos. No final da década de 30, num inverno que não deu trégua, aqui na zona muitos foram os que passaram meses sem ser escolhidos, homens a mais, trabalho a menos ...

escrevente de Pena Grossa

  Passou-me pela frente um post que me lembrou a historia de um amigo do meu pai... No tempo em que não havia muito transporte e quase toda a gente andava a pé, o conhecimento que tinham uns dos outros era muito pouco, bastando para isso estarem distantes uns quilómetros. Nessa epoca era comum os rapazes e raparigas irem aos bailes a outras localidades. metiam-se pelos campos a pé e lá iam eles. Numa dessas idas a S. Miguel de Machede um amigo do meu pai perdeu-se de amores por uma jovem dali. E claro, todos os domingos lá marchava para ir encontrar-se com a moça vestido com o seu melhor fato e com os dos amigos que pedia emprestado para não repetir sempre a mesma fatiota, percebeu durante esses encontros que ela só casaria com alguém que tivesse um emprego razoável, o bom do homem embora funcionário camarário em Évora não tinha lá um emprego muito famoso, mas não querendo perder a morena resolveu dizer-lhe que era "escrevente de pena grossa" quando ela quis saber o que ele f...

Ao Fausto, timoneiro deste meu (nosso) Rio Acima, o meu muito, muito, muito obrigado!

  não busco a perfeição, não a espero de ninguem. embarquei ontem, Por Este Rio Acima, 40 anos de um rio que me comove, emociona e alimenta a alma. o barco que ia de saída e me transportou ia cheio de remadores (músicos, vozes) perfeitos, uns mais novos, outros mais velhos. uns a quem o Rio transporta há muito, outros que embarcaram nele há pouco, mas todos cheios de amor por esse RIO. o timoneiro, estava debilitado dizem. quem não está ao fim de tantos anos a navegar e a retirar perolas dos mares navegados? o timoneiro, já não lança as redes vocais que lançou outrora, quando percorreu o rio, uma e outra vez, encantando ele as sereias desta terra ardente. o timoneiro, já não percorre o rio a direito, faz umas curvas para o domar, umas consegue outras não, atacando ao lado, tentado continuar a história do viajante. o timoneiro, perde-se cansado nas palavras, mas quem não se perderia se tivesse tantas palavras por minuto a bailar á sua volta, entra no beco sem saída, mas sai, porque ...

ser marginal tem preço

  Devo a minha consciência politica e humana a muitos artistas, agradeci em vida a alguns, outros nunca os conheci pessoalmente e vou agradecendo de forma virtual ( acabei de agradecer a um desta forma). Todos eles fazem parte de mim, mas há uns a quem tenho que agradecer ainda outras coisas...nomeadamente a felicidade! Quando fui despedida da Radio, fui-o porque contrariei a ordem de não passar alguns cantores - Tordo, Carlos Mendes,Luis Cilia, Niza, Sérgio, Jorge Palma, Paulo de Carvalho, Manuel Freire, Adriano, Fausto, Maria Guinot, Zeca e claro Jose Mario Branco ( nao sei se a lista esta completa isto foi em 1996, já passaram uns anos) a todos eles devo o ter sido despedida, a todos eles agradeço, ajudaram-me a ter que encontrar outro rumo quando ainda tinha forças para sonhar que podia mudar o mundo. A todos agradeço terem-me ajudado a sair de uma profissão que adorava, mas que se tivesse lá ficado, pelo caminho que levou, já teria sido despedida na mesma ou estaria hoje co...

O Abandono do interior, a cultura vinda de Lisboa 2019

  Há uns anos, numa conversa sobre estratégia cultural, partilhei com um vereador da cidade a minha inquietação sobre as estruturas culturais estarem a fechar ou a diminuir a sua intervenção, bem como a minha preocupação com o facto dos criadores estarem a sair de Évora. A resposta que tive foi " nao te preocupes vao uns, vem outros"! Contra-argumentei que os filhos da terra quando partem nao voltam e os que vem, na grande maioria depois de algum tempo (principalmente se não existir dinheiro) vao embora e que um dia nao teríamos senão gente que vem aqui fazer umas apresentações e se vai embora logo de seguida. Há umas semanas, depois do PS não ter votado a favor a moção sobre a cultura na câmara, perguntei a um eleito dessa força politica o porquê da votação, respondeu-me que " estavam à espera das justificações do governo atraves dos deputados eleitos"! Quer num caso, quer noutro senti que as respostas sao esperadas de Lisboa...e um dia destes numa entrevista dada...

O Muro horrível do Arquitonto - Hotel da Cartuxa 2020

  A ´ conta de uma conversa que anda por aqui, vou contar-vos uma historia polémica, daquelas em que Évora é eximia . Não consigo já dizer se foi no fim da década de 80 ou inicio da de 90, o certo é que a Quinta da Palmeira ficou a´ venda. a Quinta sempre foi uma referencia na historia da cidade intra- muros, primeiro por pertencer a ´Ordem dos Cartuxos e depois porque quem a comprou fez dela uma das mais importantes no abastecimento de frescos da região e consequentemente num grande empregador. O certo é que com a morte do patriarca ela ficou a ´venda . Apareceram dois interessados, um famoso construtor civil da cidade que queria transforma -la numa zona habitacional para a classe média alta que se estava a mudar para trabalhar nos organismos públicos e na universidade. E um grupo hoteleiro do norte que queria construir um hotel. Esta não era uma cidade turística ainda , o turismo não estava na moda e por esse motivo haviam poucas c...

proteger animais não é isto

  Quando me deparei com a noticia da ligação entre o "IRA e o PAN" escrevi um comentário a dizer "parvoice"...porquê? Porque pensei no IRA da Irlanda. Elucidada sobre este meu erro fui então saber o que era esta coisa do IRA e foi ai que me deparei com a brigada encapuçada de gente que faz justiça com as próprias mãos em prol dos animais. Eu gosto de animais. Nunca consegui estar numa matança, nunca consegui ver matar galinhas, coelhos ou o que quer que seja, apesar de comer carne, o que peço já desculpa mas gosto do sabor, lamento mas é assim. Sempre cuidei bem dos meus animais, alimento os que não tem dono, albergo alguns quando posso e nunca deixei que ninguém tratasse mal um animal se eu estiver perto. Mas isto também é extensível a crianças, idosos, mulheres e homens. Se alguém ao pé de mim maltrata algum ser eu intrometo-me, posso ate chamar a policia. Incomoda-me a violência seja qual for. Porem para mim os animais e os humanos não tem os mesmos direitos, ass...

A minha mãe esta a ir-se

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  Ver os nossos deixarem de ser eles, é doloroso. Amargura-nos. Quando tinha 20 e pouco anos, fui cuidadora pela 1ª vez. Os pais da Midus entraram-nos em casa debilitados, a mãe muito doente, o pai muito frágil pela doença da mulher da sua vida. Talvez devido à idade, ou porque já os conheci assim, vê-los sem esperança, sem um sentido para a vida para alem da debilidade, talvez porque os conhecia há poucos tempos, doeu-me, mas não me amargurou. Não os senti a deixarem de ser eles, já os conheci naquele registo. Um registo que no caso dela durou 1 ano, no dele mais 10. Não sendo fácil, condicionando algumas partes das nossas vidas, pareceu-me leve de transportar.. Uns anos depois, por volta dos 30, voltei a desempenhar o mesmo papel, mas aí era o meu pai. Acamado durante 9 meses, impossibilitado de andar, fui a sua cuidadora, talvez de novo pela idade, talvez porque ele continuava ele na essência só não na mobilidade, não senti a carga, havia em mim a certeza de que ele sairia daque...

As ideias -2022

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  Ao longo da vida tenho tido ideias e realizado coisas que só anos depois passam a ser "fixes" a estar "na moda" a serem "consideradas importantes" As ideias sempre me chegaram antes de tempo, vem num tempo que ainda não está preparado para elas e elas passam por isso sem grande alarido. O que tem acontecido é que as tenho e as concretizo, mesmo sem ter algumas condições, mesmo sem ter o dinheiro que era necessário. As ideias aparecem e eu não fico à espera das "condições" para as concretizar, faço-as como dá! Não ficam por isso o suprassumo da barbatana, mas nunca me envergonham! Ora uns tempos depois, há sempre gente que tendo mais dinheiro, mais meios, ou mais amigos bem posicionados, pega nelas, enche-as de dinheiro e faz algo melhor! Sempre me enfureceu isso. Tirava-me do sério. deixava-me zangada! Mas a vida faz-nos crescer, coloca-nos noutros patamares, faz-nos ver o mundo e as suas gentes com outros olhares, por isso já não me chateio. ...