Postagens

Mostrando postagens de outubro, 2023

resposta a chico Buarque quando ganhou bolsonaro

  Ao Brasil e aos brasileiros... "Foi bonita a Festa pá Acabou de repente Ainda guardo no peito o amor pela tua gente Já murcharam a tua festa pá Doí horrivelmente Mas certamente esqueceram uma semente em algum canto do Jardim Sei que estamos separados pelo mar Tanto Mar, Tanto Mar Sei também como é preciso pá, não naufragar Vou acreditar na tua primavera pá Que agora está doente Mando-te urgentemente um cheirinho de alecrim!"

tancinho

Imagem
  Quando alguém espira há´ sempre quem diga "santinho". O bom do meu neto escutou isto algures e como percebeu que era regra de educaçao vá de repetir, mas como não percebeu la 'muito bem , agora nós espiramos e ele diz muito compenetrado "tancinho". Eu como ateia convicta já avisei que não vou corrigir a criança, até porque concordo quem se engripa é "tancinho" ! Todas as reações: 56 Midus Chambel, Maria Barradas e 54 outras pessoas 5 comentários Partilhar

slow food da minha Vizinha

  Esta na moda por todo o país, já passou por Évora e agora foi para Beja um "novo conceito" de cozinha. A slow food. Ora o que é isto? Vem um chefe de renome, pega nos produtos da época comprados aos seu amigos das hortas biológicas, umas carnes também elas de alimentação biológica, cozinha uns pratos tradicionais da região, coloca-lhe uns nomes esquecidos, do tipo " Arroz aromático com toucinho de porco em cama de rúcula" , coloca uma porção mínima no meio do prato e faz uma decoração artística, e vai dai 70€, pela coisa! E o povo vai em massa e faz fila! Ora isso, faz a minha vizinha aqui da tasca, e todas as Tia Maria de todo o Alentejo, há décadas! Vai à horta, que só leva estrume e agua, trás os produtos da época, tempera a galinha que só comeu o que da horta sobrou, e faz um prato divinal. Há hora da janta sentamos á mesa e comemos ate fartar com muita calma! Aqui esta slow food a 10€! O que eu não vejo é noticias sobre a tasca da ti Maria, nem excursões par...

Programa Nacional de Saude Mental

Imagem
  Quando as coisas ficam difíceis temos tendência a esquecer porque escolhemos fazer o que fazemos. Mas ,há dias em que por sorte nos relembramos e a felicidade nos invade. Ontem aconteceu-me isso no Teatro Garcia de Resende. Ao assistir à peça do grupo de teatro do Hospital Miguel de Lemos, o peito encheu-se-me de um amor imenso pelas artes. A entrega dos utentes do hospital, a paixão em palco, acarinhou o meu coração. 25 pessoas entregaram-se à arte de Molière como muitos actores profissionais não fazem. A técnica teatral pode não lhes garantir um globo de ouro, mas garantiu-lhes a ovação de um teatro cheio todo de pé. E depois, há saída os sorrisos de felicidade, coroaram as suas excelentes interpretações. Mas não foi só a peça que compensou todo o meu trabalho. O Curso de Psicologia, da universidade de Évora também me deu uma alegria imensa. Os veteranos daquele curso fizeram ontem uma praxe aos novos estudantes. a praxe escolhida...Ir ao Teatro! 50 novos alunos, 50 novos habi...

mobilidade

  3 coincidências levaram-me a um pensamento que irei partilhar convosco e deixar a quem vai governar a cidade nos próximos 4 anos. Li o relatório sobre a Felicidade dos povos e a Finlândia, apesar do seu clima difícil, ocupa o 1º lugar. é o pais onde os habitantes sao mais felizes, lá no meio vem uma informação sobre a mobilidade, apesar de terem um nível de vida alto, de poderem comprar bons e grandes carros, os finlandeses quase não usam o transporte privado, eles movem-se em transportes públicos e segundo o relatório também este é um factor de felicidade. Vim dos Canaviais numa hora em que não é habito e cruzei-me com centenas de carros, a maior parte com apenas o motorista, no meio deles um autocarro transportava meia duzia de pessoas sentadas. Por fim fui para a zona Industrial e no sentido oposto ao meu à volta da cidade, as filas eram um horror, lá dentro gente que "bufava com a espera". Estas 3 coincidências levaram-me a pensar que se eu mandasse alguma coisa e tives...

Os fogos

  Quem tem nem que seja meia dizias de árvores sabe há décadas quem beneficia com os fogos! Quem luta contra as chamas sabe ate os nomes dos que ganham milhões com este negocio! Quem é ignorante como eu já há muito sabe que há um negocio por detrás desta miséria! Ora sendo assim os políticos, que legislam também sabem! Quem vive no interior sabe como as florestas estão ao abandono! Quem luta contra o fogo sabe como é dificil chegar a determinados lugares! Eu que sou ignorante sei que as matas não estão limpas e ninguém põe mau nisso e sei que os acessos a determinadas zonas são quase impossível! Ora sendo assim os políticos que legislam e podem resolver também sabem! Quem vive há anos com este pesadelo à porta sabe que há gente a por fogo nas matas! A protecção civil também o sabe! E eu que sou ignorante também! Ora os políticos também sabem, legislem e obriguem a justiça a actuar com mão pesada contra estes assassinos! Quem esta ligado à protecção civil sabe que os meios são de...

Uma tainha

Imagem
  Cá esta o Armazém 8 no mapa da Rede de Teatros, ih,ih,ih uma tainha ao lado de tubarões. Quando sonhamos uma sala de espetáculos independente para Évora, nunca tal nos passaria pela cabeça. Mas a coisa foi feita e cá estamos. Se eu achava possível? Nunca! Mas o certo é que se encaixa perfeitamente no nosso modo de trabalhar desde sempre, em rede com todos os que querem. Com o lema que sempre nos definiu "Ao Encontro de todas as Artes" com a meta definida pela direcçao quando abriu portas "para todos os públicos" e com a humildade que sempre nos caracteriza "o caminho faz-se caminhando". Se o Zé Melo, nosso parceiro neste sonho cá estivesse diria "apontamos ao que vimos, acertamos no que não víamos" era o que sempre dizia de cada vez que conquistávamos algo complexo. Agora bora lá continuar a trabalhar. Todas as reações: 291 Lelia Candida Guerreiro, Guilhermina Rebocho e 289 outras pessoas 219 comentários 15 partilhas Partilhar

saude mental

  Ontem assinalou-se o Dia da Saúde Mental. Um problema grave, quase silencioso que pode entrar nas nossas vidas de um dia para o outro. Na minha entrou logo que nasci. No dia em que a minha mãe me levou para casa, passei a conviver com a minha avó Josefa, que há muito já não vivia no mesmo mundo que nós. A mãe do meu pai, esteve presa no seu mundo mais de 20 anos, 8 anos da minha vida. Crescer com uma avó louca, não é fácil para uma criança, difícil de entender que um adulto, a que temos que respeitar faça disparates piores que nós. Difícil de lidar com as crises de raiva, difícil de entender que não saiba coisas básicas como ir à casa de banho, ou comer com faca e garfo. Mas o mais dificil para mim, era o som que fazia todo o santo dia, aquele "bla,bla,bla" que nunca parava ainda hoje o escuto. E por mais que tentasse alhear-me dele era impossível. A minha avó Zefa, era uma criança que me roubava os brinquedos, que me destruía as brincadeiras, que atirava coisas ao chão, e...

Estamos mais pobres

  Já vos disse varias vezes que o meu pai nasceu muito pobre. O futuro, provavelmente, que o esperava e a mim, seria a pobreza. Porque a pobreza é um ciclo, na maior parte das vezes ela fica por gerações e gerações. Esse menino que nasceu pobre, nasceu também com uma inteligência acima da media, muito menino, com o pouco que encontrava criava mecanismos, inventava ferramentas que o ajudavam e aos seus a simplificar as tarefas difíceis e pesadas. Passava horas a pensar como transformar uma alfaia usada pelos seus, numa coisa mais simples, com cordéis, pedras e coisas que ia achando fazia a transformação ou criava algo novo. Foi isso que o tirou do trabalho do campo, o trabalho que lhe estava destinado por nascimento, e o levou às oficinas. Nessas, foi também a sua inteligência prodigiosa que o fez ultrapassar as dificuldades nas criações e invenções, sem apoio técnico aprendido por outros nos bancos da escola que não pode frequentar, e o levou mais longe. Muitas vezes, nesse seu...

Teodolinda

  á quem se ponha em bicos de pés em defesa da "cultura". Há quem diga que "é artista". Ha quem só olhe para o seu umbigo e que ache que "só eu sei da poda". Ha quem use a cultura como forma de fazer dinheiro, sem pensar em mais nada. E depois há a Teodolinda Pascoal. Mulher das artes, da cultura, resistente, persistente, que pensa a cultura com pés e cabeça, que tem a cultura como objectivo e paixão, sempre a pensar no todo, sem se por em bicos de pés, sem pensar na visibilidade ou na parte monetária. Mulher teimosa a quem nem a Pandemia tolheu as asas. E eles chegam ha uma vida todos os anos, numa iniciativa incrível, que não tem parangonas nos jornais, nem direito a vídeos da moda, nem salamaleques e bajulações à sua criadora, para fazer o que ela sonhou lá atras. dinamizar as artes visuais, promover a cidade e a sua cultura, espalhando-a pela cidade e pelo mundo depois da semana de visita. Parabéns Teodolinda, obrigado por resistires, por insistires,...

SNS crise

  Bateram palmas ao SNS durante o Covid. Eles mantiveram-se firmes na tentativa de cuidar de todos nós, alguns saindo das próprias casas, afastando-se dos filhos e companheiros no inicio por não saberem se poderiam estar com eles. Os hospitais privados fechavam as portas aos infectados por Covid e eles fizerem horas infindáveis, recebendo sempre mais e mais gente nunca virando as costas. Alguns até contra ordens dos seus médicos, mantiveram-.se nos locais de trabalho. Fizeram o que era quase humanamente possível. Sei de que falo, a minha filha, com uma gravidez de risco, contrariou as indicações do seu medico e manteve-se no posto sempre a trabalhar, porque era a única medica de um posto de saúde com uma população envelhecida. Nao arredou pé, teve uma gravidez horrível, sofreu horrores por isso, mas não abandonou a população à sua sorte. Depois de passarem o cabo das tormentas, em vez de serem bem tratados pelo estado português, abriram as portas com muito menos profissionais do q...