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Mostrando postagens de fevereiro, 2023

senti que estariam por perto, que estariam em mim. e estiveram

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  A proximidade da zona onde a minha mãe nasceu e viveu ate aos 11 anos, o Redondo, talvez expliquem a paixão que ela tinha pelo Carnaval. A participação do meu pai nas Brincas dos canaviais talvez expliquem essa sua paixão também. Ou então não, talvez eles tenham nascido só com essa paixão e se tenham só encontrado, o certo é que enquanto casal esta era a sua festa, a que os juntava enquanto casal. O natal, a festa da família faziam-no para cumprir calendário. A pascoa jamais a assinalaram. A passagem de ano era festa de trabalho nas inúmeras associações a que sempre pertenceram. A Feira de S. João era tempo de muito trabalho durante uns anos e depois coisa a visitar cada um com os seus amigos. O aniversario de cada um era coisa a que não davam importância, a que faltavam, de que se esqueciam. O Carnaval não. o Carnaval era a sua festa da família. Era o que viviam enquanto casal, aquela em que 1 mês antes os fazia ir para casa mais cedo, para discutir a mascara do ano, para pedi...

a minha mae partiu

  Agradeço a todos os que me acompanharam, aos que me mandaram mensagens e ligaram. Nao consigo responder a cada um por isso respondo aqui. Quero falar-vos da minha mãe, da mulher que 2 anos e alguns dias depois de partir o seu companheiro de uma vida, o meu pai, partiu. A minha mãe não era uma mãe modelo, não era das que fazem o prato preferido, aconchega os cobertores, lê histórias ou limpa as lagrimas e diz que vai ficar tudo bem. Não era da sua natureza, não era o seu objectivo, não sabia ser assim. Era outro tipo de mãe, das que ensinam a levantar depois de cair, das que ensinam a carregar a carga seja de que tamanho for, a que ensina a caminhar sempre de cabeça erguida, a não vergar. Era esta a mãe que queria ser e foi. Foi uma mãe que nunca falhou nas horas importantes, que sempre esteve presente para ajudar, mesmo quando refilava, que não quis nunca que nada nos faltasse e especialmente que queria partir a saber que nós ...

Preparar para a vida

  Depois de ler a polémica sobre o teste de Português, no qual o tema da prostituição do auto da Barca do inferno, fez os puritanos virem todos para a praça revoltados, vai uma história sobre educaçao, sobre o dar ferramentas a quem se educa e criar consciência nos filhos sobre as coisas da vida com que se irão deparar, já que não vão poder viver fechados em redomas. O meu pai e a minha mãe tinham ideias diferentes sobre educaçao. Para a minha mãe, mulher que tinha medo que o mundo me fizesse mal, era importante fechar-me dentro de uma redoma. Proteger-me dos males do mundo, deixar-me longe das maldades alheias. Foi com esse objetivo que me meteu num colégio de freiras. Ali estava protegida, pensava a senhora. Com os anos mudou de ideias e ainda bem. Para o meu pai, a educaçao era feita mostrando tudo o que me pudesse magoar e ensinando-me a tomar as decisões certas para que tal não me acontecesse ou para que me pudesse defender. Porque a vida assim se proporcionou era mais o meu p...