o pai da minha neta-2022

 Tive o privilegio de ter um pai que se orgulhava de ser pai de uma menina. Que me levava para todo o lado e que me acompanhava sempre que era chamado a faze-lo, apesar de a sua geração de pais não ter esse habito. Essa sua forma de ser pai, criou entre nós uma relação de cumplicidade e amor indescritível que me ajudou a crescer e ser feliz. Os anos passaram, muitas coisas mudaram nas relações entre pais e filhos e hoje muitos são os pais que se envolvem de forma direta e empenhada na criação dos filhos, o que é fantástico. Mas mesmo assim eu conheço poucos como o companheiro da minha filha. Ao longo dos 5 anos do meu neto Miguel ele está presente na criação do filho em todas as alturas, tanto o ensina a carregar lenha como a fazer a cama, para ele todas as atividades são para se fazerem em conjunto. Mas hoje subiu um pouco mais a fasquia. Os filhos tinham atividades na feira, o Miguel ia cantar com os amigos e não precisava do seu apoio no palco, mas a filha com apenas um ano, só poderia participar se alguém fosse com ela . A mãe por motivos profissionais não podia, eu ofereci-me mas ele decidiu que era sua função acompanhar a Leonor e lá foi. De chapéu de palha, com a menina escarranchada no quadril, dançar uma dança de roda, como foi definido pelas educadoras. Num grupo de meninos e meninas acompanhadas pelas mães, ali estava a minha Leonor a dançar ao colo do pai e que divertidos eles estavam, sempre a acertar na coreografia. Foi lindo de ver! A minha neta tem uma sorte extraordinária, tem um grande pai e um ótimo cumplice, a mim e ao Miguel calhou-nos o papel de bater palmas e fazer adeus.

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